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Mensagem n° 42

Nós jogávamos a grande bola do pilates e da fisioterapia, sem a regra definida. Apenas constava uma imposição dos outros, até decente, de que não atingíssemos os lustres. Isso nos levava a ficar satisfatoriamente ao ar livre, no jardim que não era de inverno. Eu, pisando o irregular caminho de seixos brancos.

Às vezes, a brincadeira envolvia água. Água de mangueira, água de chuva, água de balãozinho de sabão. Não poupávamos água. Eu sei, mas era só um dia ou outro.

Crescemos olhando uns para os outros, com sentido que o compadre bem poderia ajudar a conferir à nossa situação imediata própria.

Ser diferente não era uma meta. Encanecessem os cabelos e ainda não seria o caso. Se ocorreu que o fosse, foi na oscilação natural de uma espontaneidade. “Saiba que, de outro modo, fulano estaria mais para sicrano que fulano, estarrecendo a sua fulanidade até a morte.”

O desenvolvimento é tão singular para cada um que por ele compulsoriamente passe. O mais distinto do tipo entre os tipos será singularmente alardeado pelo entorno ou singularmente esquecido, deixado sob capa de invisibilidade, mas só até o fenótipo certo surgir na fulanidade, ou só mesmo um amigo, o sicrano do apoio ao sentido, em singular relacionamento.



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